terça-feira, 6 de outubro de 2009

Arte Egípcia

A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas.
O Egito desenvolveu uma das principais civilizações da Antiguidade e nos deixou uma produção cultural riquíssima.
A expressão artística egípcia refletiu com profundidade cada momento histórico dessa civilização.
Em todos os aspectos de sua cultura, porém, talvez a religião seja o mais relevante. A arte, refletia uma visão religiosa, que aparece representada em túmulos, esculturas, vasos e outros objetos deixados junto aos mortos.

Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
A arquitetura egípcia realizou-se sobretudo nas tumbas e nas construções mortuárias.
Para entender melhor as fases da arte egípcia, veja o quadro ao lado.


Arquitetura
Como consequência da intensa religiosidade, a arquitetura egípcia apresenta grandiosas construções mortuárias, que abrigavam os restos mortais dos faraós, além de belos templos dedicados às divindades.
São exemplo dessas construções as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Antigo Império.
As características gerais da arquitetura egípcia são:
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.
Para seu conhecimento:
Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.
Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar.
Pintura
Os pintores egípcios estabeleceram várias regras que foram seguidas durante muito tempo, ao longo do Antigo Império. De acordo com a lei da frontalidade, a arte não deveria apresentar uma reprodução naturalista, que sugerisse ilusão de realidade: pelo contrário, diante de uma figura humana retratada frontalmente, o observador deveria reconhecer claramente tratar-se de uma representação.
Suas características gerais são:
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.
Escultura
A escultura é a mais bela manifestação da arte egípcia no Antigo Império. Ela desenvolveu uma expressividade que surpreende o observador.
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
Concluindo:
Após a morte de Ramsés II, o Egito foi invadido sucessivamente por etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos. Aos poucos, essas invasões foram desorganizando a sociedade egípcia e, consequentemente, sua arte. Influenciada pela cultura dos povos invasores, ela foi perdendo suas características e refletindo a própria crise política do Império.


Referência:

Proença, Graça. História da arte. São Paulo, 2008. Caps. 2 e 4, p.17-25, 30-42
Proença, Graça. Descobrindo a História da arte. São Paulo, 2006. Caps. 2 e 3, p. 14-33
http://www.historiadaarte.com.br/arteegipcia.html acessado em 06/10/2009 às 17:40




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